[Resenha] Vango: Entre o Céu e a Terra

By Do Prefácio ao Epílogo - segunda-feira, junho 29, 2015

Título: Vango:  Entre o Céu e a Terra
Título original: Vango: Entre ciel et terre
Autor: Timothée de Fombelle
Editora: Melhoramentos
Ano: 2015
Páginas: 360
Nota: 



“Ele olhava a multidão: tantas histórias numa plataforma. E já sentia uma janelinha se abrir dentro dele [...] Nesse instante, compreendeu o que o padre lhe tinha dito. Antes de tudo era preciso ver o mundo, Ele sentiu o poder de um rápido encontro. Vidas que se afetam com apenas um esbarrão, por que passam pela outra com mais ímpeto.”

Salvar a pele e, ao mesmo tempo, descobrir a própria identidade. Este é o grande desafio de Vango, o jovem herói do novo romance do premiado escritor francês Timothée de Fombelle. Ao ler esse thriller histórico, ambientado no conturbado período entre as duas grandes guerras mundiais, somos impelidos a fugir com Vango pelos cinco continentes, num clima de absoluto perigo e suspense. Este rapaz órfão de 19 anos desconhece sua origem assim como desconhece a motivação do franco atirador que, além da polícia, está em seu encalço. 

Deparamo-nos com Vango na solenidade em que ele e outros seminaristas seriam ordenados padres na suntuosa catedral de Notre-Dame, em Paris. O assassinato do padre Jean, seu protetor, desencadeia a perseguição ao rapaz, que empreende uma fuga espetacular ao escalar nada menos do que os famosos vitrais da catedral. Essa cena é apenas um exemplo do clima de perseguição e aventura de que é feita toda a narrativa, quando acompanharemos nosso protagonista em situações e lugares improváveis – como um intruso escondido num caça da SS, galopando nas Terras Altas da Escócia, dependurado num vulcão italiano ou sobrevoando o Brasil e vários outros lugares num zepelim.
O fracasso em não ter sido ordenado padre deixa nosso herói arrasado, mas a jovem Ethel fica bem feliz. É ela quem vai ajudar Vango a provar sua inocência e descobrir sua identidade. Também fazem parte da saga outros personagens marcados por vidas cheias de segredos, como Mademoiselle, a senhora poliglota e sem memória com quem Vango é salvo do naufrágio na costa da Sicília aos três anos de idade e Hugo Eckner, personagem verídico, comandante alemão do Graf Zepelin, esse grande dirigível que fascinou o mundo nas primeiras décadas do século XX. Outras personalidades incorporadas à história são Joseph Stalin, sua filha Svetlana e Adolf Hitler.

O ritmo acelerado, o uso da narrativa em flashback e as descrições cinematográficas de diferentes lugares e temporalidades impressionam. Ficamos lado a lado com os personagens da história, enfrentado os mesmos desafios. Fruto de uma minuciosa pesquisa em arquivos históricos, a referência aos acontecimentos dos anos 1930 nos dá a oportunidade de conhecer o significado dos regimes totalitários naquele período, ajudando-nos a refletir sobre política, liberdade de expressão e direito às diferenças em nossos dias.


Gente do céu, como começar essa resenha????????? Eu amei esse livro! Tem ação, romance, aventura, mistério, enfim... Tudo o que há de bom na literatura.
O livro é narrado em terceira pessoa, o que permite que saibamos de tudo - tudo mesmo - o que está acontecendo em cada momento, já que o narrador é onisciente. Sei que muitas pessoas preferem histórias em primeira pessoa, assim como eu (em parte), mas a graça desse livro é justamente a narrativa. Conseguimos acompanhar não só a vida de Vango, como também toda a investigação policial e os passos dos outros personagens. Se fosse um narrador-personagem, muito provavelmente o mistério que gira em torno de Vango não existiria, e aí a história seria completamente sem sal.
Bem, eu demorei mais do que o planejado pra terminar esse livro, mas com os estudos ficou um pouco difícil. Além do mais, ele requer muita atenção na leitura, senão você se perde em meio a tantos personagens, lugares, datas, etc. Não que isso seja um defeito, mas sem tempo a leitura não flui. Mas quando flui... ai ai... você não vai mais querer desgrudar os olhos da obra até que chegue na última página, hehe.
Agora vamos falar do autor: Timothée de Fombelle, já sou sua fã!!! Você escreve muito bem!!! (Como se ele estivesse realmente lendo minha resenha, né?) Gente, sério, ele é maravilhoso! Não tem como não se encantar com a sucessão que ele dá aos fatos e com o ritmo que ele dá à narrativa. E quanto ao final... Bem, é meio complicado dizer, porque como tem continuação, o desfecho desse primeiro volume deixa coisas em aberto para o segundo. Mas isso é ótimo! Posso curtir um pouco mais o mistério da trama até que Vango - um Príncipe sem Reino seja lançado e eu possa enfim desvendá-los. Só espero que não demore muito!

Beijinhos, té

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2 comentários

  1. Vim aqui avisar que marquei você para responder uma tag! Dá uma olhadinha lá no meu blog!

    http://arosadoprincipe.blogspot.com.br/2015/07/tag-liebster-award.html

    Beijo!

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